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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Prefácio

Olá borboletas

O intuito desse blog não é inseri-los no meu complicado mundo, mas sim desabafar e fazer compreender o que passo sofrendo.
Somente agora tive vontade de fazer um blog e revelar como é o dia a dia de alguém que foge da comida em busca de perfeição, da magreza elegante e admiração. Não lembro ao certo como tudo começou, desde pequena tive compulsão por comida, era uma porquinha loira e rosa, quase uma “Piggy”dos Muppets, com braços e pernas roliças, diferente da maioria das crianças, eu usava o maior uniforme da escolinha e era rejeitada, disso eu lembro como se fosse hoje, somente algumas poucas crianças falavam comigo, não sei se era pq eu era extremamente tímida ou por minha aparência mesmo, acredito que seja a segunda opção.



Quando iniciei o ensino fundamental percebi que minhas suspeitas estavam corretas, os professores até conversaram com meus pais, estavam preocupados comigo, não pelas notas, pois sempre fui estudiosa, mas pela minha introversão em relação às outras crianças. Algumas zombavam, me chamavam dos mais deprimentes nomes e como eles tinham razão eu nem me defendia, não tinha vontade de discutir sabendo que eles estavam certos... Eu tinha 35 kgs aos 8 anos de idade, uma porquinha mesmo.
Depois disso meus pais me colocaram na aula de Jazz e Ballet, como eu parecia que ia dançar “A morte do cisne” vestida com aquele tutu bizarro, só levei pra frente o jazz mesmo. Dancei durante 3 anos e emagreci bastante, aos 11 comecei a praticar vôlei e basquete, no qual colaborou para manter o peso que estava se aproximando do ideal.
Aos 15 uma bomba caiu sobre minha cabeça, meu pai faleceu... Caí em uma depressão profunda, pois ele era meu melhor amigo e companheiro, eu só pensava em comer pra suprir a falta que ele fazia... Resultado: engordei e cheguei aos 120 kgs.
Esse foi o ápice de gordura excessiva em minha vida, até mudei de colégio, pois não suportava olhar na cara dos colegas, eles já haviam parado de zombar comigo, agora então eles iriam me zombar o dobro.
No novo colégio minha vida mudou pra melhor, conheci muitas pessoas maravilhosas, amigas minhas até hoje, na qual me amam como sou e me incentivaram quando comecei a fazer dieta, nos churrascos sempre levavam salada pra não me fazerem cair na tentação, mas o efeito sanfona sempre me perseguiu, até que de três anos para cá fui associando a comida a coisas nojentas, não sei como aconteceu... Eu via chocolate e dizia a mim mesma que eram fezes, ovos à feto de galinha, carne à cadáver, frituras como se fossem preparadas em sabonete líquido e etc...
Apesar das compulsões que ainda tenho e me fazem vomitar de nervoso as vezes, emagreci e estou no momento com 56 kgs, mas não é o suficiente, quero mais, quero ser perfeita, ainda serei uma inspiração de perseverança.